Especializada na análise de rochas do tipo shale (folhelhos), a Ingrain está de olho na abertura de um novo mercado no Brasil: os chamados reservatórios de óleo e gás não convencionais. Segundo a companhia, com a interação dinâmica dos fluidos nas rochas é possível responder quanto petróleo vai ser produzido em um reservatório deste tipo.
"Folhelhos ainda não estão bem adotados no Brasil. Se abrir este mercado aqui temos total interesse. Somos especializados em analisar este tipo de rocha. A Ingrain está preparada para quando isso quando acontecer", informou Marcus Ganz, "chief executive officer" (CEO) da companhia.
Para Ganz, duas tecnologias desenvolvidas internamente são o carro-chefe da empresa: a tomografia computadorizada (CT Scanning), que permite revelar os espaços existentes entre os poros das rochas e uma posterior modelagem computacional, para se obter propriedades e características das rochas.
Idealizadas pelo fundador da companhia, o pesquisador Amos Nur, da Universidade de Stanford, estas soluções permitem obter a análise de rochas com precisão e em muito menos tempo do que os laboratórios tradicionais.
"Os resultados obtidos pelos estudos de plugs em laboratórios tradicionais possuem limitações devido as grandes heterogeneidades encontradas em carbonatos e folhelhos". Um laboratório convencional pode levar até dois anos para fazer um estudo da dinâmica das rochas enquanto a Ingrain os realiza em seis semanas. "Essa é uma vantagem muito grande, pois a rapidez dos resultados permite um maior número de avaliações preliminares aos modelos a serem desenvolvidos, diminuindo assim as incertezas e o tempo de desenvolvimento do projeto".
Ganz acredita que, dependendo do comportamento do mercado, uma boa parte das análises poderá ser feita no Brasil. A empresa já importou equipamentos para montar um laboratório na filial do Rio de Janeiro e contratou profissionais brasileiros para atuar nos projetos em desenvolvimento no país.
Ganz acredita que, dependendo do comportamento do mercado, uma boa parte das análises poderá ser feita no Brasil. A empresa já importou equipamentos para montar um laboratório na filial do Rio de Janeiro e contratou profissionais brasileiros para atuar nos projetos em desenvolvimento no país.
Geofísica Brasil outubro/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário